Chá de Sumiço e um Retorno Inesperado

Ele tinha desaparecido por meses. Parou de responder mensagens, não marcou novos horários - aquele silêncio que a gente conhece bem na profissão. Até que numa terça-feira, ele apareceu.

Abri a porta e lá estava ele, mais magro, com olheiras, mas com aquele mesmo olhar faminto de sempre. "Precisava sumir pra perceber que não vivo sem isso", disse, já puxando meu corpo contra o dele.

O beijo veio com gosto de desespero e promessas quebradas. Suas mãos me reviravam como se tivesse medo que eu desaparecesse de novo. Quando caiu de joelhos, enterrou o rosto entre minhas pernas como um homem sedento encontrando água no deserto.

Na cama, foi ainda mais intenso - cada metida era um "me perdoa", cada arranhão nas minhas costas um "nunca mais vou sumir". Quando gozou, gritou meu nome como se estivesse exorcizando um fantasma.

Ficamos deitados depois, ele traçando círculos no meu quadril como quem escreve um juramento na pele. "Dessa vez eu volto semana que vem", prometeu. Dessa vez, eu acreditei.

Merece 🤍🤍🤍