Coragem é gozar com gosto, sem pedir desculpas depois

Porque, sim, gozar é um ato político.

É ter coragem de sentir sem censura, de se entregar sem medo, de assumir que o prazer é teu direito, não teu castigo.

Tem gente que ainda acha que mulher que geme alto, que se contorce, que goza forte, que se permite…

deveria ter vergonha.

Ah, me poupe.

Vergonha devia ter quem goza em dois minutos e ainda acha que tá abafando.

Coragem é saber onde e como se tocar.

É não fingir orgasmo por vaidade alheia.

É dizer o que gosta sem rodeios, e fazer com gosto o que te dá tesão.

É sair da cama com os cabelos bagunçados, a alma leve e o corpo vibrando — sem carregar culpa na bolsa nem moralismo no peito.

Porque gozar não é feio, não é sujo, não é escandaloso.

É humano. É gostoso. É sagrado.

E se alguém torce o nariz, é porque nunca teve peito (nem parceir@ decente) pra viver um orgasmo de verdade.

Do tipo que faz a espinha tremer e a consciência sorrir.

Então repete comigo, sem piscar:

gozar é coragem.

Gozar com gosto é revolução.

E pedir desculpa por isso? Jamais.