Entre Livros e Desejos

Ele era todo método e silêncio. Um professor de literatura, desses que exalam conhecimento e encantamento pelas palavras. O tipo de homem que enxerga o erotismo nos detalhes de um poema, no peso de uma frase bem construída, na beleza de um silêncio bem colocado.

Seu olhar curioso revelava que o desejo dele não era urgente — era denso, reflexivo, como quem prefere saborear as experiências com calma. E foi exatamente assim que a noite começou: com pausas, toques leves e uma tensão deliciosa crescendo entre nós.

A cada movimento, a teoria foi perdendo espaço para a prática. O corpo dele, antes contido, começou a responder com intensidade. As mãos exploravam com cuidado, os suspiros vinham longos, quase literários, como se ele estivesse escrevendo um conto novo com cada sensação.

As palavras, tão presentes em seu cotidiano, foram substituídas por gemidos contidos, arrepios e expressões de puro prazer. Ali, entre lençóis e respirações entrecortadas, ele aprendeu que algumas histórias não são feitas para serem lidas… mas vividas.

E naquela noite, ele descobriu uma narrativa diferente — onde o corpo era o livro, o toque era a tinta, e o clímax… o final perfeito.

Merece 🤍🤍🤍