O Cliente que Não Sabia Relaxar
- Gretha♡
- 7 de mai.
- 1 min de leitura
Ele chegou carregando o peso de algo que não se via, mas se sentia no ar. O corpo tenso, os ombros rígidos, os passos curtos e o olhar que evitava o meu. Parecia estar ali por obrigação, como se quisesse convencer a si mesmo de que precisava daquela experiência, mas ainda não tivesse se permitido acreditar.
Recebi-o com leveza. Nada de pressa. Meu toque foi sutil, explorando a linguagem silenciosa da pele, sem invadir, apenas convidando. Comecei com movimentos lentos, mapeando tensões, percebendo onde ele guardava as resistências — nos ombros, nas costas, na mandíbula travada.
Com o tempo, os músculos começaram a ceder. Um arrepio denunciou a primeira abertura. A respiração antes contida ganhou ritmo. Minhas mãos encontraram os pontos exatos, aqueles que não apenas relaxam, mas despertam.
Deslizei pelos caminhos do seu corpo como quem escreve poesia com as pontas dos dedos. Pressão precisa, temperatura certa, e um silêncio carregado de sensações. Aos poucos, o que era rigidez virou entrega. O corpo falou o que ele ainda não sabia como expressar.
Quando o prazer o tomou por inteiro, foi como ver uma nova versão dele surgir — leve, entregue, real. Uma transformação que não precisava de palavras, porque o corpo havia dito tudo.
E eu, do outro lado, silenciosa, apenas senti o instante mágico em que tensão virou êxtase. Uma alquimia que só o toque é capaz de realizar.
Merece 🤍🤍

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