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O cliente que queria "fazer em público”

Ah, amores, tem gente que realmente gosta de viver perigosamente. A adrenalina, o risco, o "será que alguém vai ver?" são, pra muitos, temperos irresistíveis. Mas eis que, vez ou outra, surge aquele cliente que transforma a fantasia em proposta real, tipo um reality show íntimo sem roteiro: "E se a gente fizesse... em público?"

Olha, não vou mentir: o pedido, à primeira vista, até pode parecer empolgante. Quem nunca teve uma fantasia mais ousada? Porém, entre fantasiar e colocar em prática algo que vai contra as normas sociais (e, no caso, também contra a lei), existe uma distância considerável. E essa distância é exatamente onde entra o meu bom senso e, claro, a minha ética profissional.

Vamos aos fatos: o espaço público não é um parque temático de aventuras sensuais. A ideia de fazer algo assim pode até parecer excitante, mas é preciso lembrar que existe um mundo inteiro de gente ao redor – pessoas que não deram consentimento para serem expostas a esse tipo de situação. Porque, sim, consentimento não é só para os envolvidos diretamente; é pra todo mundo que, de alguma forma, pode ser afetado.

Já perdi a conta de quantos "E se a gente fosse num estacionamento?", "E se no elevador do motel?", ou até "Tem uma praça ótima ali perto..." eu ouvi ao longo dos anos. E minha resposta é sempre a mesma: "Fantasia a gente realiza dentro dos limites do respeito, da segurança e da privacidade. Fora disso, meu querido, não tem jogo."

A verdade é que, por mais que eu entenda o apelo de sair da rotina e fazer algo fora do comum, existem linhas que não cruzo. Primeiro porque meu trabalho não é só sobre atender desejos, mas sobre garantir que tudo aconteça com respeito, discrição e cuidado. Segundo, porque eu não estou disposta a arriscar minha integridade – pessoal e profissional – pra realizar um capricho que pode colocar todo mundo numa situação desconfortável ou, pior, ilegal.

Então, ao cliente que queria “fazer em público”, fica a reflexão: será que vale mesmo a pena? Fantasias podem (e devem!) ser realizadas, mas existem formas seguras, consensuais e privadas de fazer isso. E eu? Eu tô aqui pra ajudar a explorar os desejos mais intensos, mas sempre com uma dose saudável de realidade e responsabilidade. Afinal, adrenalina é ótima, mas não quando envolve um risco desnecessário – ou, no caso, um guarda municipal passando bem na hora. 😉

 
 
 

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