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O Marido Que Só Queria Olhar

Ele entrou no quarto com um pedido inusitado: nada de toques, nada de contato. Só queria observar. Queria ver cada movimento, cada expressão, cada detalhe do meu prazer — como se o desejo dele fosse alimentado apenas pelo que os olhos podiam capturar.

Aceitei com um sorriso discreto. Gosto de jogos sensoriais, e provocar com a distância tem um charme todo especial. Me posicionei diante dele e comecei devagar, consciente do poder que existe em cada gesto. Meus dedos deslizavam pela pele, minha respiração se misturava aos primeiros gemidos, e os olhos dele não piscavam — hipnotizados.

A cada movimento mais intenso, eu percebia as mãos dele se fecharem, o peito subir e descer num ritmo mais acelerado. A vontade começava a escapar do controle. Os olhos, antes fixos e serenos, agora queimavam com o fogo de quem deseja mais do que só ver.

Quando os gemidos preencheram o quarto, a tensão entre nós virou quase palpável. Ele se mexia na cadeira, os lábios entreabertos, o corpo reagindo mesmo sem tocar. E foi ali, no auge da provocação, que percebi: observar já não era o suficiente.

Aquele desejo contido precisava de mais. E o que começou como contemplação virou entrega. Porque quando o prazer transborda, nem o mais controlado dos olhares consegue resistir ao chamado do toque.


Merece 🤍🤍🤍


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