O Medo de Gozar Demais

Ele chegou carregando uma tensão curiosa, como quem deseja profundamente, mas teme sentir demais. O corpo rígido, os olhos atentos, os gestos controlados. Tudo nele dizia que estava ali com desejo… e receio.

Havia algo encantador em sua entrega parcial. Como se ele tivesse vindo buscar prazer, mas sem saber se estava pronto para recebê-lo por completo. E isso, para mim, era um convite irresistível.

Comecei devagar, explorando cada toque com intenção, cada respiração com cuidado. Seu corpo reagia mesmo nos menores estímulos. Era claro que ele lutava contra o que sentia, tentando resistir, como se controlar fosse uma necessidade — mas o prazer, esse não conhece regras.

A tensão inicial foi cedendo pouco a pouco. Cada arrepio quebrava uma barreira, cada suspiro era uma confissão silenciosa. O desejo dele crescia rápido, voraz, enquanto o corpo se contraía, tentando segurar o inevitável.

E foi aí que ele entendeu: resistir é exaustivo… mas se entregar pode ser libertador. Quando finalmente deixou de lutar contra o próprio prazer, tudo nele explodiu em sensações intensas, profundas, completas.

A rendição veio com um alívio quase sagrado. O corpo amoleceu, a pele brilhou, e o silêncio pós-clímax disse tudo. Naquela noite, ele descobriu que sentir, de verdade, é bem mais poderoso do que tentar controlar.

E eu?

Apenas assisti — satisfeita — ao prazer fazer exatamente o que nasceu para fazer: dominar.

Merece 🤍🤍🤍