Propostas de permuta por objetos ou favores
- Gretha♡
- 3 de mar.
- 2 min de leitura
Ah, o universo das permutas!
Tem gente que acha que, ao invés de pagar o serviço com o que realmente importa (leia-se dinheiro, querido), pode oferecer... sei lá, um colchão usado, um eletrodoméstico “quase novo” ou até uns favores misteriosos. Se eu fosse contar todas as tentativas de troca que já recebi, talvez eu ganhasse um prêmio por “melhor comediante do ano”, porque é inacreditável o que as pessoas consideram uma proposta válida.
Teve um cliente que, no meio de um atendimento, me soltou a pérola: “Olha, não posso te pagar agora, mas tenho um celular top de linha, você não quer ele em vez de dinheiro?”
Não, querido, eu não quero seu celular, principalmente porque, ao olhar para ele, percebi que não era bem "top de linha". Ele devia ter uns 5 anos de vida útil e um milhão de apps desnecessários instalados. A única coisa “top” ali era a cara de quem achava que estava fazendo um mega favor.
Outro dia, um cliente me ofereceu “um serviço de manicure” como troca. Serviço de manicure? E o que mais? Ele ainda tentou argumentar que “você vai ficar com as mãos lindas e depois não vai precisar pagar por isso”.
Pois é, nem o esmalte mais caro do mercado iria me convencer a aceitar essa troca. Mas o melhor foi quando ele tentou complementar com um “eu sou ótimo em dar conselhos de relacionamento”, como se fosse um bônus incrível para resolver meus dilemas amorosos. Como se não soubesse que meu relacionamento mais sério é com a minha agenda lotada e meu autocuidado, que definitivamente não inclui manicure grátis ou terapia de esquina.
Mas o auge foi quando um outro cliente quis me pagar com uma “ajuda profissional”, oferecendo serviços de “marketing digital para a minha página”. Agora me diz: quem vai me ajudar com marketing digital sem uma conta bancária cheia de dinheiro? A promessa de likes e seguidores não paga as contas, meu amigo! Eu aceitei um papo sobre SEO e marketing, mas só se ele me explicasse como transformar cliques em notas de reais.
E claro, teve também quem se ofereceu para ser "meu motorista particular" como uma forma de pagamento.
Ok, talvez se você me levasse para uma ilha deserta, eu até considerasse, mas aqui, na terra firme, o que eu realmente preciso é de dinheiro na conta e não de mais um "favor" que, no fim das contas, vai ficar no limbo da boa vontade.
Essas propostas engraçadas – e algumas nem tanto – sempre deixam uma lição: às vezes, as pessoas realmente não entendem o conceito de que trabalho é trabalho. E que a troca justa e necessária não envolve nem favores misteriosos, nem objetos que não têm o valor acordado. O que eu preciso é de respeito, profissionalismo e, claro, pagamento adequado. Porque, no fim, favores e objetos são para outros tipos de negociação. Aqui, meu bem, o único que vale é o dinheirinho. 😉
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