Quando o cliente insiste em namorar
- Gretha♡
- 27 de fev.
- 2 min de leitura
Ah, o clássico caso do cliente que se perde na fantasia e confunde profissionalismo com envolvimento pessoal. Se você trabalha com pessoas, especialmente em áreas onde o charme e a sensualidade fazem parte do serviço, cedo ou tarde vai se deparar com o cliente que começa a achar que vocês estão vivendo uma novela, onde o final feliz inclui um relacionamento cheio de declarações de amor e almoços de domingo.
No começo, você até tenta levar na leveza, achando que é só uma confusão momentânea. Talvez a pessoa tenha se encantado demais, misturado as emoções ou simplesmente não entenda que o que você oferece é uma experiência profissional, não um romance para as redes sociais. Mas aí os sinais começam a aparecer: mensagens fora de contexto, perguntas pessoais cada vez mais invasivas e, eventualmente, o fatídico “Eu acho que estou apaixonado(a) por você.”
E foi aí que eu tive uma péssima experiência. Era um cliente recorrente, super educado no início, mas que, com o tempo, começou a atravessar limites. Primeiro, com mensagens insistentes fora do horário, tentando puxar conversa sobre minha vida pessoal. Depois, aparecer no local de atendimento sem marcar horário, "só pra me ver." A cereja do bolo? Declarações dramáticas, dignas de novela mexicana, dizendo que eu era “a mulher da vida dele.”
Eu expliquei, com toda a paciência do mundo, que meu trabalho é profissional e que existe uma linha muito clara entre o atendimento e a vida pessoal. E mesmo assim, ele insistiu. A situação saiu do controle a ponto de eu ter que cortar qualquer contato, bloqueá-lo de todos os canais e até tomar medidas mais sérias para garantir minha segurança.
A experiência foi um lembrete importante: algumas pessoas têm dificuldade em aceitar limites, especialmente em um contexto onde a conexão emocional ou física é tão intensa. E aí entra a importância de estabelecer essas barreiras de forma clara desde o início. Não é sobre ser frio ou distante – é sobre proteger a si mesmo e o espaço profissional.
Pro quem confunde as coisas, aqui vai a real: encantamento faz parte do momento, mas saber separar realidade de fantasia é fundamental. Namorar o cliente? Não, obrigada. Porque no meu trabalho, o amor é pelo que faço, e não uma extensão do que sou. E quem não entende isso só mostra que, definitivamente, não está preparado para esse tipo de experiência.
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